Conclusões

 

Na sociedade portuguesa, o sistema de organização e gestão dos espaços físicos denota fortes e imponderáveis lacunas, contradições, desconhecimento por parte dos responsáveis e, por incrível que pareça, desentendimentos provocados por falsos e desonestos interesses, falta de formação adequada e civismo, tal como foi constatado nas instalações estudadas neste trabalho.

 

 

Da análise dos resultados obtidos podemos referir que:

 

- Os resultados reflectem uma homogeneidade de comportamentos em praticamente todas as infra-estruturas abrangidas: na maior parte dos casos não é efectuada a separação de resíduos;

- Os colaboradores das Piscinas fechadas contratiam esta tendência, uma vez que possuem contentores destinados à deposição selectiva, recorrendo ao programa “Em Linha” da empresa Maiambiente;

- O plástico é, sem dúvida, o resíduo produzido em maior quantidade, em todas as instalações, o que se justifica pela natureza das próprias actividades;

- Os restantes resíduos produzidos correspondem a RSU, sendo, apenas, muito esporadicamente produzidos resíduos considerados perigosos;

- Apesar da grande maioria dos inquiridos estar minimamente familiarizado com o conceito da reciclagem dos resíduos, nem todos fazem a separação dos resíduos devido à falta de contentores destinados à deposição selectiva;

- Verifica-se um certo cuidado de alguns colaboradores, uma vez que, sempre que possível, fazem uma separação manual dos resíduos depositados em recipientes de indiferenciados, mas não de uma forma sistemática;

- A realização de acções de formação, dirigida a todos os funcionários é de todo imprescindível de modo a permitir um correcto e eficiente trabalho, sem descurar a fundamental e meritória prática quotidiana de preservação ambiental;

- A grande maioria dos funcionários abordados são da opinião que estas acções deverão ser dirigidas a todos os colaboradores independentemente da categoria profissional em que se inserem;

- Deverão ser colocados contentores de deposição selectiva, em locais estratégicos e contíguos aos postos de trabalho dos respectivos colaboradores de forma a facilitar e incentivar a tarefa da separação dos resíduos;

- A colocação de cartazes nas diferentes infra-estruturas pode ser uma mais valia para reforçar a mensagem a transmitir;

- As borras de café oriundas dos diferentes bares das instalações desportivas poderiam ser reencaminhadas para as hortas do programa “Horta à Porta” com o intuito de serem utilizadas na realização da compostagem;

- Nas infra-estruturas em que a deposição de resíduos considerados perigosos se faz em recipientes para indiferenciados, os colaboradores deveriam ser alertados para o correcto armazenamento destes, para posteriormente serem encaminhados para unidades que pudessem recebe-los;

- Para complementar os contentores já existentes nas áreas comuns, deveriam ser adquiridos recipientes especiais:

  • 10 Ecomods para embalagens plástico/metal e papel,
  • 3 Slim Jim,
  • 4 Ecopontos metálicos,
  • 4 papeleiras metálicas exteriores para recicláveis,
  • 1 papeleira metálica circular de 50 litros,
  • 4 Ecopontos Ecocenter,
  • 8 “meias luas” para adaptar às papeleiras circulares metálicas,
  • 16 cestos de 35 litros para embalagens de plástico/metal (9) e papel (7),
  • 15 papeleiras,
  • 2 contentoes de 90 litros para embalagens de plástico/metal,
  • 1 contentor de 90 litros para papek/cartão;
  • 1 contentor de 90 litros para resíduos indiferenciados.

 - No que diz respeito aos compartimentos de RSU estipulados no Regulamento de Resíduos Sólidos do Concelho da Maia verifica-se que apenas o Complexo Municipal de Piscinas de Folgosa possuí a dita divisão;

- Seria viável a construção, de acordo com o regulamento em vigor, de um compartimento de RSU nas instalações do Pavilhão Municipal de Gueifães II bem como no Pavilhão Municipal da Maia.

 

Se a informação entra nas nossas casas, também entra nos locais públicos. Caso isso não se verifique, há que tomar as medidas necessárias para o combate à ignorância, à negligência e/ou indiferença dos responsáveis, sendo que cada um deverá desenvolver meios de colmatar tais situações, e chamar à responsabilidade os prevaricadores que devem ser compelidos a agir.

 

Tal como Mahatma Gandhi disse "Temos de guardar as forças para as grandes causas".

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Maria Jorgina Ribeiro Lage 912759431